Mesmo após ter se posicionado favoravelmente à anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pode reconsiderar essa posição, caso o projeto não avance na Câmara dos Deputados. Internamente, ele teria admitido a necessidade de mobilização pela proposta relacionada à dosimetria, contradizendo seu discurso público de que a prioridade é a anistia.
Durante uma reunião do PL realizada no dia 24 de outubro, Flávio Bolsonaro comentou a relevância de discutir o projeto de anistia apresentado por Marcel Crivella (Republicanos-RJ), que visa conceder perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos. A resistência à dosimetria, que teria sido externalizada anteriormente, foi reavaliada diante das circunstâncias atuais.
Informações divulgadas pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, indicam que a estratégia da oposição pode mudar rapidamente. A análise de que, se a proposta de anistia não prosperar, a aceitação da dosimetria será uma alternativa discutida.
A crescente incerteza ao redor do projeto de anistia revela a dinâmica instável nas articulações políticas e o impacto que isso pode ter nas decisões futuras do senador.

