O governo Lula avalia uma reação após o Congresso Nacional rejeitar 52 dos 63 vetos do presidente referentes ao chamado PL da Devastação, que introduziu novas regras para a obtenção de licenciamento ambiental. A votação ocorreu na quinta-feira, 27, em meio a um cenário de tensões entre o Executivo e o Legislativo.
A decisão, que representa uma significativa derrota para a administração atual, foi impulsionada por lideranças do governo, como Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), que apresentaram um forte alinhamento no Congresso. Essa situação pode aprofundar a crise de governabilidade enfrentada pelo governo.
De acordo com Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, há discussões em andamento sobre possíveis encaminhamentos legais, incluindo a possibilidade de levar o caso ao Supremo Tribunal Federal. “Já falei com a ministra Marina Silva [do Meio Ambiente] e vamos conversar com a Casa Civil e com o nosso jurídico para ver o que podemos fazer para corrigir o curso dessa situação”, afirmou a ministra à imprensa.
A expectativa agora gira em torno das ações que o governo poderá tomar para tentar reverter essa derrota e o impacto que a nova situação legislativa trará para as políticas ambientais.

