Após a recente derrota na Câmara dos Deputados, onde foi aprovado o PL Antifacção, que endurece as penas contra facções criminosas como PCC e CV, o governo Lula (PT) planeja um contra-ataque no Senado. Os estrategistas do Palácio do Planalto expressaram descontentamento com a decisão da maioria dos parlamentares na terça-feira, 18.
A nova abordagem do governo visa recuperar o propósito original da proposta quando esta for debatida na Casa Alta. Para isso, o relator do projeto já foi escolhido: o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a seleção foi feita pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), considerando a experiência de Vieira na relatoria da CPI do Crime Organizado.
Os principais pontos de crítica que motivaram o governo são centrados em três aspectos cruciais: a tipificação penal das facções criminosas, a questão da perda de bens de criminosos ao longo do processo e a reestruturação dos fundos dedicados à segurança pública. O governo se manifesta firme em sua posição sobre a tipificação penal, que considera essencial.
Além disso, busca melhorias na parte que trata da perda de bens, enquanto ajustes nos fundos de segurança são vistos como necessários para evitar complicações nas legislações estaduais.

