O Atlético-MG anunciou o afastamento de Daniel Vorcaro do Conselho de Administração da SAF, decisão tomada em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última semana. O afastamento ocorre em meio a uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que resultou na prisão do empresário, acusado de gestão fraudulenta.
Com a destituição, o assento que pertenceu a Vorcaro ficará vago até que os acionistas do clube escolham um novo membro para ocupar a posição. O Conselho de Administração é composto pelos principais acionistas da SAF, incluindo Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador, Gustavo Drummond, Sérgio Batista Coelho e José Murilo Procópio de Carvalho.
Nos últimos dois anos, Vorcaro se tornou um dos principais investidores do Atlético-MG, aportando um total de R$ 300 milhões para adquirir 20,2% da SAF. Esse investimento foi realizado entre 2023 e 2024 e se destinou a fortalecer o Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP), mecanismo que ajudou a SAF a entrar no mercado.
No entanto, as origens financeiras desse valor levantaram suspeitas, levando o MPSP a investigar possíveis ligações com esquemas de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa investigação faz parte da Operação Carbono Oculto, que analisa diversos fraudes financeiras.
Em nota, o Atlético-MG destacou que não é alvo da investigação e que a questão envolve apenas o acionista. A SAF ressaltou que todas as deliberações são conduzidas com base nas normas internas de governança e com compromisso com a transparência.
“A SAF do Galo informa que, em Assembleia Geral Extraordinária, os acionistas decidiram pela destituição de Daniel Bueno Vorcaro”, declarou o clube.
A administração do Atlético-MG reafirmou seu compromisso com a transparência e as melhores práticas institucionais, enquanto aguarda as deliberações futuras da Assembleia Geral de Acionistas.