Curiosidades e tecnologia

Profissionais brasileiros se adaptam à presença digital para manter relevância

Profissionais brasileiros, como dermatologistas e designers, se adaptam à presença digital impulsionada pela pandemia para se comunicar com seus públicos.
Por Redação
Profissionais brasileiros se adaptam à presença digital para manter relevância
Compartilhe:

A presença digital tornou-se uma exigência para profissionais brasileiros, segundo especialistas. Durante a pandemia de Covid-19, muitos perceberam a urgência de se adaptarem às redes sociais para se comunicarem com seus públicos. A dermatologista baiana Marilu Tiúba, com quase 20 mil seguidores no Instagram, é um exemplo dessa nova realidade. Ela afirma que, sem suporte de uma empresa de marketing estratégico, não conseguiria manter a atividade online. "Ficar fora do Instagram não é uma opção", declarou.

Marilu notou a relevância da internet na medicina durante o isolamento, quando informações falsas se espalhavam rapidamente. Desde então, começou a produzir vídeos sobre autocuidado para educar e ganhar a confiança dos seguidores, bastante dos quais se tornaram novos pacientes. Segundo ela, a chave para o sucesso na produção de conteúdo é a constância.

Outros profissionais também perceberam essa necessidade. Gabriel Bomfim, especialista em marketing de influência, destaca que estar fora das redes sociais torna o profissional invisível. Ele afirma que a cultura da vitrine digital, acelerada pela pandemia, tornou a presença online uma condição essencial para atrair e manter clientes. Para ele, a autenticidade é crucial: "Sem envolvimento, o conteúdo vira ruído".

A designer de interiores Carol Borges, que acumulou mais de 25 mil seguidores, admite que, apesar do esforço, a visibilidade nas redes não gerou muitos clientes. Ao decidir reiniciar seu perfil, focou em compartilhar bastidores e sua rotina, resultando em maior engajamento. "Mais importante que a presença online é entender a direção que se quer tomar", afirmou.

A psicóloga Simone Brasil observa que a demanda por conteúdo pode ser desgastante e requer atenção aos limites entre a vida profissional e pessoal. Ela ressalta que é essencial refletir sobre a exposição nas redes, já que não se deve abrir mão da privacidade em prol da visibilidade. Simone não condena o uso das mídias, mas acredita que é possível construir autoridade com qualidade e consistência, sem depender exclusivamente do engajamento.

No campo educacional, Tomás Mascarenhas, professor de redação, também sentiu a necessidade de se adaptar às redes sociais. Criou um perfil no Instagram para compartilhar dicas, mas após perceber a necessidade de melhorar sua apresentação, recomeçou sua produção de conteúdo, buscando estabelecer uma conexão mais autêntica com os alunos. Para Tomás, esse processo também demanda um esforço extra, mas traz a recompensa de novas oportunidades.

Apesar das diferentes áreas de atuação, todos os profissionais afirmam que o mercado se transformou e a presença online é agora parte fundamental de suas identidades. Segundo Gabriel Bomfim, essa mudança não apenas representa uma estratégia de sobrevivência, mas também é uma chance de conectar-se com novos públicos e potencializar o faturamento.