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Pesquisadores da Universidade de Viena detectam brecha no WhatsApp para extrair dados de bilhões de usuários

Pesquisadores da Universidade de Viena revelam falha no WhatsApp que expôs dados de bilhões de usuários, incluindo fotos e informações de perfil.
Por Redação
Pesquisadores da Universidade de Viena detectam brecha no WhatsApp para extrair dados de bilhões de usuários

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Pesquisadores da Universidade de Viena descobriram que o WhatsApp manteve, por anos, uma falha que permitia a extração de dados de bilhões de usuários, incluindo números de celular e informações públicas. Essa brecha estava relacionada à ferramenta de busca utilizada para iniciar conversas com contatos não salvos, permitindo que os dados fossem coletados em massa.

O método de extração, conhecido como enumeração ou scraping, não apresentava um limite eficaz de consultas, o que possibilitava testar sequências de números para identificar contas ativas. Segundo o estudo, essa técnica poderia mapear informações de cerca de 3,5 bilhões de usuários, número superior ao total informado oficialmente pelo WhatsApp, que é de 2 bilhões.

Ainda conforme a pesquisa, além dos números de telefone, era possível obter fotos e frases de perfil, embora as mensagens permanecessem protegidas por criptografia. Os pesquisadores realizaram até 7 mil buscas por segundo sem sofrer bloqueios e afirmaram ter descartado os dados coletados após os testes.

Os dados extraídos possibilitaram a elaboração de um “censo” mundial do WhatsApp, revelando, por exemplo, que o Brasil contabiliza 206 milhões de usuários, sendo o terceiro maior mercado da plataforma, onde 61% dos usuários mantêm suas fotos de perfil visíveis. O estudo ressalta que informações dessa natureza podem ser utilizadas para golpes, spam e ataques de phishing.

A equipe de pesquisadores alertou a Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, desde 2024 sobre a falha. Contudo, foi apenas após o anúncio da publicação do estudo em setembro de 2025 que a empresa começou a tomar medidas mais efetivas. Em resposta, o WhatsApp declarou ter implementado novas defesas contra scraping e agradeceu pela colaboração, afirmando que não existem indícios de uso malicioso da vulnerabilidade.