Política

TCM-BA mantém estabilidade de 19 servidores em Cordeiros após pedido do prefeito ser negado

Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia indeferiu pedido do prefeito de Cordeiros para anular estabilidade de 19 servidores, mantendo o benefício.
Por Redação
TCM-BA mantém estabilidade de 19 servidores em Cordeiros após pedido do prefeito ser negado

Devani Pereira, prefeito de Cordeiros (PDT) -

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Uma notícia que traz alívio para 19 servidores públicos da cidade de Cordeiros, na Bahia. O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) negou o pedido urgente do prefeito Devani Pereira da Silva (PDT), que queria suspender a estabilidade econômica desses trabalhadores. Isso significa que, por enquanto, a situação dos servidores permanece inalterada, mantendo seus benefícios.

A história começou com uma representação formal de seis vereadores da cidade. Eles questionaram as decisões da atual gestão, que estavam revogando a estabilidade concedida por prefeituras anteriores. Segundo os parlamentares, essa medida foi tomada sem avisar os servidores e sem dar a eles a chance de se defender.

O prefeito Devani Pereira da Silva, por sua vez, defendeu a ação de sua gestão. Ele explicou que a revogação da estabilidade foi baseada em um parecer jurídico que apontava a lei municipal que criou o benefício como inconstitucional. O gestor garantiu que todos os processos administrativos seguiram os passos exigidos pela lei, dando prazos para a defesa dos servidores.

Além disso, a Prefeitura de Cordeiros afirmou que a suspensão dos pagamentos, se houvesse, teria como objetivo proteger os cofres públicos. Em sua defesa, a administração municipal garantiu que, caso a justiça decidisse a favor dos servidores no futuro, eles seriam compensados com o pagamento retroativo de tudo o que tivessem direito.

No entanto, a decisão do TCM-BA foi clara. O Tribunal entendeu que não havia uma prova de risco imediato e irreversível de prejuízo aos cofres públicos que justificasse a concessão do pedido de urgência feito pelo prefeito. Por isso, a solicitação foi indeferida, e a estabilidade dos 19 servidores foi mantida.

O que acontece agora?

Com a negativa do pedido de urgência, o processo continua para uma análise mais aprofundada do mérito da questão. Todos os 19 servidores envolvidos foram incluídos como "terceiros interessados". Isso significa que eles terão o direito de se manifestar e apresentar suas defesas durante o andamento do processo.

O relator do caso no TCM-BA também pediu à Prefeitura que apresente cópias atualizadas de duas leis importantes: a Lei Complementar n.º 547/2011 e a Lei Orgânica do Município. Esses documentos são essenciais para ajudar na decisão final do Tribunal sobre a legalidade da estabilidade e das ações da prefeitura.

A situação agora aguarda as próximas etapas no TCM-BA, onde a legalidade das revogações e a constitucionalidade da lei que concedeu a estabilidade serão minuciosamente examinadas.