Polícia

Secretário de Comunicação do Guarujá é acusado de assédio sexual

Secretário de Comunicação do Guarujá, Paulo Henrique Siqueira, é denunciado por assédio sexual por servidora de 26 anos. Caso é investigado pela polícia.
Por Redação
Secretário de Comunicação do Guarujá é acusado de assédio sexual

Importunações teriam começado a um mês, após Siqueira assumir titularidade da secretaria -

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O secretário municipal de Comunicação de Guarujá, no litoral paulista, Paulo Henrique Siqueira, está sendo investigado após uma denúncia formal de assédio sexual. A acusação foi feita por Isabeli, uma funcionária de 26 anos da própria secretaria, que detalhou os supostos abusos. Os episódios teriam acontecido dentro do Paço Moacir dos Santos Filho, sede da prefeitura.

Isabeli primeiro levou o caso à Ouvidoria-Geral do Município e, no dia 22 de dezembro, registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia da cidade. Segundo ela, as importunações começaram cerca de um mês antes da denúncia, logo depois que Siqueira assumiu a pasta e ela passou a trabalhar como sua secretária direta.

Detalhes das acusações e o impacto na servidora

No depoimento dado à Ouvidoria, a funcionária descreveu que o secretário fazia comentários sexuais constantes sobre seu corpo e sobre fotos que ela publicava em seu perfil pessoal no Instagram. Entre as condutas citadas, Isabeli relatou tentativas de beijo forçado e frases de teor obsceno, algumas ditas até mesmo na presença de outros colegas de trabalho.

O momento que levou à denúncia, segundo a servidora, ocorreu em 15 de dezembro. Ao final do expediente, ela contou que o secretário a pressionou para “dar uma volta” em sua sala. O objetivo, conforme o relato, seria para que ele pudesse observar a calça dela, seguido de comentários sobre sua anatomia. Diante da situação, Isabeli desabafou no registro policial:

“Senti-me burra, culpada e impotente.”

A servidora ainda afirmou que chegou a confrontar Paulo Henrique Siqueira, pedindo que ele a respeitasse e reforçando que estava ali para trabalhar. Apesar de o secretário ter concordado em parar com as “brincadeiras”, as investidas, tanto verbais quanto presenciais, continuaram. Essa situação gerou um quadro de medo e abalo emocional na funcionária, que se viu obrigada a formalizar a denúncia.

Investigação em andamento e silêncio dos envolvidos

O caso foi registrado como assédio sexual consumado, com base no Artigo 216-A do Código Penal brasileiro. Este artigo estabelece que é crime constranger alguém com o objetivo de obter vantagem ou favorecimento sexual, usando da posição hierárquica.

Questionado pela reportagem do portal Metrópoles sobre as acusações, Paulo Henrique Siqueira optou por não fazer comentários. Ele ironizou o contato dos jornalistas e se limitou a desejar “boa sorte” à equipe. Até o momento, a Prefeitura de Guarujá não se pronunciou oficialmente sobre a possível saída ou permanência do secretário no cargo, aguardando o desfecho da investigação.