A paixão por canções românticas e a voz inconfundível de Roberto Carlos são conhecidas por todo o Brasil. Mas o Rei também coleciona uma lista de manias e superstições que sempre intrigam o público. Uma das mais famosas é sua aversão a usar a cor preta. Em Salvador, na Bahia, essa particularidade ganha um toque ainda mais especial, especialmente durante os shows, como o que aconteceu na última sexta-feira, dia 26.
Na capital baiana, famosa por sua energia vibrante e sincretismo religioso, as escolhas de cores do cantor para suas apresentações chamam atenção. Que cidade melhor que Salvador para vestir azul e branco, não é mesmo? A união dessas cores na Bahia, principalmente às sextas-feiras, carrega um simbolismo de fé, celebração e harmonia, reforçando a conexão do artista com a plateia.
As curiosas manias que definem o Rei
A obsessão de Roberto Carlos por certos rituais e cores não é por acaso. Em 2004, aos 63 anos, ele recebeu um diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), uma condição que explica muitas das suas manias ao longo da carreira. O próprio cantor já conversou abertamente sobre o assunto, desmistificando o que muitos viam apenas como superstição.
“Durante muito tempo, as superstições foram vistas por mim mesmo como superstições. Mas, graças à ciência, cheguei à conclusão de que o que eu tenho é TOC. Tenho só superstições comuns. Com o tratamento, quem sabe eu não volte a cantar ‘Quero que Vá Tudo pro Inferno’”, disse Roberto Carlos em uma coletiva de imprensa, em 2004.
Entre os rituais que acompanham o artista, além da já famosa proibição do preto, estão a exigência de usar sanitários próprios e talheres pessoais. Ele também faz pedidos específicos para as flores que o acompanham, como 12 rosas brancas e 12 vermelhas.
Outras cores que Roberto Carlos evita a todo custo são o marrom e o roxo. O número 13 também entra na lista, embora ele garanta que não deixa de trabalhar, viajar ou fazer shows em um dia 13. “Sim! Evito o número 13, mas faço muita coisa neste dia. Inclusive, faço shows, viajo e trabalho”, contou o cantor em um questionário para fãs.
A teoria dos fãs sobre o preto
Os fãs de carteirinha, que lotam os shows do Rei, muitas vezes já conhecem suas particularidades. Corina, de 82 anos, que veio de Sergipe para o show em Salvador, confessou não saber o motivo do cantor não usar preto. Mas sua amiga, Maria do Carmo, de 75 anos, que também veio prestigiar o artista, tem uma teoria divertida sobre essa superstição:
"Ele nunca gostou de preto, e olha que ele já foi viúvo, não sei quantas vezes [...] quantos casamentos ele já teve, aí ele não adianta que o preto, ele fica viúvo mas não bota preto", brincou Maria do Carmo.
Seja qual for a origem exata de cada mania, uma coisa é certa: Roberto Carlos continua sendo um fenômeno, e suas peculiaridades só aumentam o carinho e a curiosidade do público pelo Rei.