Arapiraca, em Alagoas, amanheceu em choque com a notícia de um crime que mistura paixão e violência. Um policial militar, identificado como Weliton Miguel dos Santos, foi preso suspeito de assassinar o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, dentro de um quarto de motel. O crime aconteceu na madrugada do último domingo, dia 14 de abril, no bairro do Canaã, e a informação foi confirmada pela Polícia Civil.
As investigações apontam para um crime motivado por questões passionais. Ítalo estava no motel com a esposa do PM, que a princípio tentou esconder o encontro. Segundo a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram a mulher chegando ao local com o enfermeiro por volta das 21h25, em um carro Jeep Renegade vermelho.
Inicialmente, a mulher afirmou à polícia que apenas havia emprestado o carro para o enfermeiro. No entanto, confrontada com as evidências, ela confessou que estava em um encontro com Ítalo no motel. Minutos depois da chegada do casal, as mesmas câmeras de segurança registraram a chegada de um homem de motocicleta, apontado como o policial militar Weliton. Ele conseguiu acesso ao motel, circulou por alguns quartos e, em seguida, forçou a entrada na suíte onde estava o enfermeiro.
A descoberta do crime e a investigação
“Quando chegamos ao motel, encontramos o corpo do enfermeiro caído ao chão da suíte”, disse o delegado Uslei Lima, responsável pela investigação do caso.
A esposa do PM contou em depoimento que teria adormecido e acordou com um homem usando capacete atirando várias vezes contra Ítalo. O atirador teria fugido logo em seguida. A polícia trabalha com a hipótese de que o policial havia instalado um aparelho de GPS escondido no carro da mulher para rastreá-la e descobriu o encontro no motel.
O enfermeiro foi atingido por, ao menos, sete disparos feitos com uma pistola 9mm, que seria uma arma da corporação. A mulher foi ouvida como declarante e não foi detida pelas autoridades.
Prisão do policial
Na manhã de segunda-feira, dia 15, o policial militar Weliton Miguel dos Santos se apresentou normalmente para trabalhar no 3º Batalhão da Polícia Militar de Arapiraca. Lá, a arma dele foi apreendida pelos próprios colegas de farda até a chegada da Polícia Civil, que efetuou a prisão. O PM negou ter cometido o crime e não resistiu à detenção.
A polícia informou que Weliton Miguel dos Santos já havia atuado na Polícia Militar do Ceará antes de se juntar à PM de Alagoas, onde concluiu o curso de formação em 2024. A investigação segue para esclarecer todos os detalhes deste trágico caso.

