A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação séria sobre alguns dirigentes do São Paulo Futebol Clube e empresários ligados ao esporte. O motivo? Um suposto desvio de dinheiro que teria acontecido durante a negociação e venda de jogadores do time. A notícia, divulgada pelo jornal Lance!, caiu como uma bomba nos bastidores do futebol e entre os torcedores do Tricolor Paulista.
Segundo as informações levantadas, a investigação não começou agora; ela já está em curso há alguns meses. A apuração envolve uma lista de pessoas, que inclui dirigentes e empresários. Os nomes desses envolvidos ainda não foram divulgados publicamente, mas a suspeita é que todos fizessem parte de um esquema orquestrado de venda de atletas. Um dos pontos que mais chamaram a atenção dos investigadores é a forma como jogadores jovens, formados na famosa base de Cotia, foram vendidos. Muitas dessas vendas foram consideradas "precipitadas" e por valores bem abaixo do que se esperava para talentos com tanto potencial, levantando fortes indícios de irregularidades.
Milhões em vendas sob suspeita e um delegado experiente no caso
Nesta temporada, o São Paulo FC conseguiu um valor considerável com a venda de seus atletas, chegando a cerca de R$ 230 milhões. No entanto, é justamente esse volume financeiro que levanta questionamentos, especialmente quando se observa a saída rápida de jovens promessas por cifras que, para muitos analistas e torcedores, não condizem com o valor real e futuro dos jogadores. A investigação da Polícia Civil busca entender exatamente para onde foi o dinheiro dessas transações e se houve realmente um desvio ou se todas as operações foram feitas dentro da mais estrita legalidade.
O delegado responsável por conduzir essa complexa apuração é Tiago Correia. Ele é um nome já conhecido por lidar com casos de grande repercussão no universo esportivo paulista. Foi o delegado Tiago Correia quem esteve à frente das investigações sobre o caso envolvendo a empresa "Vai de Bet" no Corinthians, demonstrando sua experiência e capacidade em desvendar esquemas financeiros intrincados dentro de grandes clubes de futebol. A reportagem do ChicoSabeTudo tentou entrar em contato com o delegado para obter mais detalhes, mas, até o fechamento e a publicação desta notícia, não houve retorno.
Outra investigação paralela e a chance de união dos casos
Este não é o único problema que o São Paulo Futebol Clube está enfrentando nos tribunais. Há poucas semanas, o Ministério Público (MP) também deu início a uma investigação própria, que foca em um escândalo envolvendo a venda ilegal de ingressos para os camarotes do Morumbis, o estádio do clube. Dois nomes importantes da diretoria são peças-chave nesse inquérito:
- Douglas Schwartzmann: Diretor adjunto das categorias de base.
- Mara Casares: Diretora feminina, cultural e de eventos do clube.
Para que as investigações do Ministério Público pudessem prosseguir sem qualquer tipo de interferência, tanto Douglas Schwartzmann quanto Mara Casares solicitaram licença dos seus respectivos cargos. O que tem chamado a atenção é que existe uma grande possibilidade de que essas duas apurações – a da Polícia Civil sobre o suposto desvio nas vendas de jogadores e a do Ministério Público sobre os ingressos ilegais – sejam unificadas. Se isso acontecer, teremos um inquérito ainda mais amplo e aprofundado, buscando esclarecer todas as supostas irregularidades que vêm à tona no São Paulo FC. A situação exige total transparência e respostas claras para a sua apaixonada torcida.

