A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 18, uma nova fase da "Operação Sem Desconto", que resultou na prisão e demissão do secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Ele era o número dois da pasta.
A decisão de afastar Portal foi rápida. Em uma nota oficial, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, informou que o próprio ministério tomou a medida logo depois que a operação foi realizada.
O que a Operação Sem Desconto investiga?
O foco da Operação Sem Desconto são as irregularidades ligadas a descontos de associações que não foram autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Hoje, a PF cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em vários estados do Brasil.
As investigações começaram em abril de 2025 – um período ainda no futuro, segundo o texto-base fornecido – quando a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) encontraram descontos de mensalidades associativas sendo feitos diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, sem que eles tivessem dado uma autorização clara para isso.
"Tanto a Previdência Social quanto o INSS continuam colaborando com as investigações e atuando para recuperar os recursos relacionados ao esquema", afirmou a pasta em nota. O comunicado também mencionou que o suposto esquema começou no governo anterior, mas foi combatido e enfrentado pela gestão atual.
Quem assume a secretaria?
Para o lugar de Adroaldo Portal, foi anunciado o procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, que antes era consultor jurídico do ministério. No entanto, a demissão de Portal e a nomeação de Cavalcante e Silva ainda não foram publicadas oficialmente no Diário Oficial da União (DOU).
A "Operação Sem Desconto" visa proteger os aposentados e pensionistas de práticas abusivas, garantindo que seus benefícios não sejam alvo de fraudes e descontos indevidos.

