O empresário conservador Nasry Asfura, um nome que contou com o apoio direto do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi oficialmente confirmado como o novo presidente de Honduras. O anúncio encerra um período de três semanas de incertezas após uma eleição bastante disputada, marcada por uma pequena diferença de votos e por várias denúncias de fraude eleitoral.
Asfura, que tem 67 anos e é filho de imigrantes palestinos, conseguiu a vitória contra Salvador Nasralla, um popular apresentador de TV que também se posiciona na direita política. Nasralla exigiu uma recontagem completa dos votos, citando supostas irregularidades no processo de apuração.
Apoio dos Estados Unidos e a Busca por Estabilidade
O governo dos Estados Unidos reagiu rapidamente, expressando sua satisfação com o resultado. O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, deixou claro que o novo governo em Honduras pode ser um parceiro importante para conter a imigração ilegal em direção aos EUA.
“Esperamos trabalhar com seu futuro governo para avançar em nossa cooperação bilateral e regional em matéria de segurança, acabar com a imigração ilegal para os Estados Unidos e fortalecer os laços econômicos entre os nossos dois países”, declarou Rubio.
Após a longa e detalhada contagem de votos no país centro-americano, o representante americano fez um apelo para que todas as partes respeitem os resultados finais. A ideia é garantir que as autoridades de Honduras possam, com agilidade, organizar uma transição de poder pacífica e sem maiores problemas.
A Promessa de Asfura e o Retorno da Direita
Em sua primeira manifestação pública depois da confirmação de sua vitória, Nasry Asfura fez questão de tranquilizar a população e mostrar seu compromisso com o futuro de Honduras. Usando a rede social X (antigo Twitter), o empresário conservador escreveu uma mensagem direta aos seus compatriotas:
“Honduras: estou preparado para governar. Não vou te decepcionar.”
Asfura aproveitou a oportunidade para agradecer aos funcionários eleitorais, cujo trabalho foi essencial para validar sua eleição, mesmo diante de um processo de apuração que gerou muitos questionamentos. Seu mandato está previsto para começar em 27 de janeiro, sinalizando o retorno da direita ao poder em Honduras, um marco importante para a política da região.