O Brasil registrou os quatro primeiros casos da chamada “gripe K”, uma nova variante do conhecido vírus Influenza A H3N2. A confirmação veio do Ministério da Saúde, que tranquiliza a população ao esclarecer que não se trata de um vírus totalmente novo, mas de uma evolução natural do que já circula.
Os registros iniciais acendem um alerta para o monitoramento da saúde pública e estão concentrados em duas regiões do país: Pará e Mato Grosso do Sul. Instituições de ponta, como a Fiocruz e o Instituto Adolfo Lutz, estão mobilizadas para acompanhar de perto a situação.
Entenda a Gripe K: uma evolução do H3N2
É importante saber que a gripe K, na verdade, é uma alteração genética (subclado) do vírus Influenza A H3N2, que já enfrentamos. As autoridades de saúde reforçam que, até o momento, não existem provas científicas de que essa nova versão seja mais perigosa, ou que cause quadros mais graves do que as gripes comuns que já conhecemos. Essa é uma notícia que traz um certo alívio em meio à novidade.
Onde os casos foram identificados?
A detecção desses primeiros casos mostra a importância de manter a vigilância em todo o país. Veja como os casos se distribuem:
- Um caso foi confirmado no Pará, na região Norte do Brasil, e teve ligação com uma viagem internacional. A análise dessa amostra foi feita pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
- Outros três casos estão sendo investigados no Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, para entender a origem da infecção. As análises desses pacientes foram confirmadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
O Ministério da Saúde lembra que, mesmo antes da identificação do subclado K, o vírus H3N2 já mostrava um comportamento diferente em 2025. Houve um aumento de casos nas regiões Norte e Nordeste durante o segundo semestre daquele ano, indicando que o vírus estava mais ativo.
Quais são os sintomas da Gripe K?
Os sinais da gripe K são os mesmos da gripe tradicional, o que facilita o reconhecimento. Fique atento a:
- Febre e dor no corpo;
- Tosse seca e cansaço que não passa;
- Dor de garganta.
Fique atento: Se você sentir falta de ar, desconforto para respirar ou uma piora muito rápida dos sintomas, procure um médico imediatamente. Isso é ainda mais importante para idosos, crianças, mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas.
Vacina do SUS protege contra a nova variante
Uma excelente notícia é que as vacinas contra a gripe, oferecidas de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS), continuam sendo eficazes. Elas protegem contra as formas mais sérias da doença, inclusive as causadas por essa nova variante K.
A pasta da Saúde também alerta: o aumento das internações por gripe que foi visto no hemisfério Norte tem uma relação direta com a falta de vacinação. Quando pouca gente se vacina, o vírus circula mais facilmente e acaba sobrecarregando os hospitais. Além da vacina, o SUS oferece remédios antivirais específicos para tratar pessoas que fazem parte do grupo de risco, uma estratégia fundamental para evitar complicações mais sérias.
Portanto, a recomendação é clara: vacine-se e proteja-se. A prevenção continua sendo a melhor ferramenta contra a gripe e suas variantes.

