Uma notícia chocante abala a comunidade de Matinha, um distrito em Feira de Santana, na Bahia: uma mãe está sendo investigada sob a grave acusação de obrigar suas próprias filhas, de apenas 11 e 13 anos, a se prostituírem. O crime, que teria a conivência da mãe, envolve traficantes da região, para quem as meninas estariam sendo exploradas sexualmente há cerca de dois meses, com a mãe recebendo dinheiro em troca.
A ação da polícia levou à prisão de dois homens, de 22 e 24 anos, na última quarta-feira, dia 17. Eles foram detidos em flagrante, suspeitos de estupro. Agentes da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana agiram rápido, cumprindo mandados de prisão em uma casa onde encontraram os suspeitos junto com as vítimas.
Os criminosos e o papel da mãe
Após a prisão, todos os envolvidos foram levados para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Os dois homens foram presos pelo crime de estupro de vulnerável, uma tipificação legal que se aplica quando a vítima, por sua idade ou condição, não tem capacidade de consentir. Segundo a Polícia Civil, os homens também já estavam sob investigação por crimes ligados ao tráfico de drogas na região, o que revela a complexidade do cenário de exploração.
A mãe das vítimas, que tem sete filhos, foi localizada e ouvida pelas autoridades. Ela deve ser indiciada por omissão, o que significa que, mesmo sabendo da exploração de suas filhas, ela não agiu para protegê-las, permitindo que a situação continuasse, e ainda, segundo a investigação, lucrava com isso. O caso aponta para uma falha gravíssima na proteção de crianças e adolescentes dentro do próprio lar.
Apoio às vítimas e investigação em andamento
Diante da gravidade da situação, as duas meninas foram encaminhadas para atendimento psicossocial. Elas receberão acompanhamento essencial de órgãos de proteção à criança e ao adolescente, buscando minimizar os traumas e garantir sua segurança e bem-estar futuros. É um passo crucial para a recuperação dessas jovens que passaram por uma experiência tão devastadora.
A Polícia Civil continua a investigar o caso. A apuração vai além dos crimes já identificados, buscando entender se há outras condutas criminosas ou envolvidos nesse esquema de exploração. O objetivo é desmantelar qualquer rede que se aproveite da vulnerabilidade de crianças e adolescentes.

