O engenheiro agrônomo e entomologista brasileiro Luciano Moreira foi reconhecido como um dos 10 principais cientistas de 2025 pela revista Nature, destaque mundial por suas contribuições no combate a doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, chikungunya e zika. Moreira, que lidera uma equipe em uma fábrica em Curitiba, Paraná, produz semanalmente mais de 80 milhões de ovos de mosquito para esse fim.
O trabalho de Luciano utiliza a bactéria Wolbachia para infectar os mosquitos, diminuindo a capacidade de transmitir patógenos humanos. O método envolve a reprodução dos insetos em um ambiente controlado, após o que são liberados em diferentes cidades para se misturarem à população local de Aedes aegypti.
Com essa técnica, os machos infectados se reproduzem com as fêmeas do mosquito, gerando descendentes que também carregam a bactéria, resultando em uma população com menores riscos de disseminar doenças. A abordagem já se encontra em uso em 14 países e vem sendo testada no Brasil desde 2014, tendo recebido a aprovação do governo federal como uma estratégia eficaz no combate à dengue.
Graças aos esforços de Luciano Moreira, o método que promete não apenas reduzir a transmissão viral, mas também os custos associados ao tratamento dessas enfermidades, ganha cada vez mais reconhecimento no cenário internacional.

