Polícia

Hytalo Santos e Israel Vicente réus por exploração sexual de menores na Paraíba

Hytalo Santos e Israel Vicente são réus por exploração sexual de menores, acusados pelo MPT em investigação na Paraíba.
Por Redação
Hytalo Santos e Israel Vicente réus por exploração sexual de menores na Paraíba

Hytalo Santos e o marido, Israel Vicente, respondem por uma série de crimes. -

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A Justiça do Trabalho tornou réus o influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, após aceitar uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Eles são acusados de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e de submeter crianças e adolescentes a condições análogas à escravidão. A informação foi confirmada pelo MPT.

A ação faz parte de uma investigação trabalhista, distinta do processo criminal em que Hytalo já responde por produzir conteúdos com exploração sexual de adolescentes. Segundo o MPT, há fortes indícios de que o influenciador adotava práticas irregulares com menores, levando-os a morar em sua residência e impondo uma rotina de trabalho intensa relacionada à produção de conteúdo digital.

Entre as condutas apontadas pelo MPT estão o isolamento dos menores do convívio familiar, confisco de meios de comunicação, restrição social, cerceamento da liberdade de ir e vir, controle rígido da rotina, jornada exaustiva de gravações com privação de sono, ausência de remuneração, coação psicológica, e interferência na identidade de gênero e orientação sexual. O órgão também enfatizou que adolescentes foram expostos sexualmente nas redes sociais e participaram de festas em ambientes inadequados para suas idades.

Desde agosto, a Justiça do Trabalho da Paraíba já havia bloqueado veículos, empresas, bens e valores de Hytalo Santos e Israel Vicente, com o montante podendo chegar a R$ 20 milhões. O MPT solicitou, ainda, o pagamento de R$ 12 milhões por dano moral coletivo e indenizações individuais que variam entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões por cada criança ou adolescente envolvido.

Além disso, o MPT apontou a responsabilidade dos pais dos adolescentes, que, segundo o órgão, aceitaram benefícios materiais e permitiram que os filhos se mudassem longe de casa, rompendo vínculos familiares e sociais. Embora não tenham sido responsabilizados financeiramente na esfera trabalhista, as condutas dos genitores poderão ser apuradas na esfera criminal. O MPT também pediu que a Justiça imponha restrições aos pais para que menores não participem de conteúdos digitais com conotação sexual.

A defesa de Hytalo Santos e Israel Vicente negou as acusações, afirmando que o MPT carece de legitimidade para propor a ação e que os fatos apresentados estão desconectados da realidade.