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Guarujá aprova taxa de até R$ 145 para carros de turistas a partir de 2026

Guarujá aprova Taxa de Preservação Ambiental (TPA) de até R$ 145 por dia para turistas com veículos a partir do verão de 2026. A medida visa preservar o meio ambiente e melhorar a infraestrutura, com isenções para moradores e trabalhadores locais. A cobrança não vale para o verão atual.
Por Redação
Guarujá aprova taxa de até R$ 145 para carros de turistas a partir de 2026

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Se você adora o mar calmo e as praias do litoral de São Paulo, prepare o bolso! A cidade de Guarujá, na Baixada Santista, aprovou uma nova Taxa de Preservação Ambiental (TPA). Essa taxa será cobrada de turistas que entrarem na cidade com veículos motorizados a partir do verão de 2026.

A novidade foi oficializada com a Lei Complementar nº 346, assinada pelo prefeito Farid Madi (Podemos) e publicada no Diário Oficial na última quinta-feira, dia 11. Os valores podem chegar a R$ 145,80 por dia, dependendo do tipo do veículo.

A taxa não valerá agora: Saiba quando começa a cobrança

Mesmo com a repercussão e algumas críticas nas redes sociais, a Prefeitura de Guarujá fez questão de esclarecer que a cobrança não começa neste verão. Isso porque a lei precisa de uma regulamentação técnica, que pode levar até 90 dias para ficar pronta. Então, para a temporada atual, os turistas podem ficar tranquilos.

Quanto os turistas vão pagar?

A Taxa de Preservação Ambiental será diária e calculada com base na Unidade Fiscal de Guarujá (UFG). Veja os valores que serão cobrados de carros, motos, ônibus e caminhões:

  • Motocicletas: R$ 7,29 (1,5 UFG)
  • Veículos de passeio (até 8 lugares): R$ 19,44 (4 UFG)
  • Vans, utilitários e picapes: R$ 38,88 (8 UFG)
  • Micro-ônibus: R$ 97,20 (20 UFG)
  • Ônibus e caminhões: R$ 145,80 (30 UFG)

Por que a cidade vai cobrar essa taxa?

Segundo a prefeitura, a ideia da TPA é arrecadar fundos para investir em diversas ações importantes. O dinheiro deve ser usado para:

  • Financiar a preservação ambiental;
  • Manter a infraestrutura urbana da cidade;
  • Organizar melhor o turismo;
  • Melhorar a limpeza das praias;
  • Conservar as trilhas ecológicas;
  • Otimizar o acesso viário;
  • Combater o turismo predatório, que prejudica a natureza local.

Guarujá não é a única cidade do litoral paulista a adotar medidas como essa. Ubatuba já cobra uma taxa parecida há anos, e Ilhabela e São Sebastião também estão no processo de implementar modelos semelhantes.

Quem não vai precisar pagar?

A lei prevê algumas isenções, mas é preciso se cadastrar antes ou pedir a dispensa em até 72 horas depois de entrar na cidade. Estão livres da cobrança:

  • Moradores de Guarujá (com até quatro veículos por residência);
  • Donos de imóveis na cidade (com até dois veículos por unidade);
  • Trabalhadores com emprego ativo no município (um veículo);
  • Veículos registrados em cidades da Baixada Santista;
  • Veículos que estão apenas de passagem rápida, ficando menos de quatro horas (com algumas exceções);
  • Transporte escolar e turístico local autorizado;
  • Veículos essenciais, como os de abastecimento e transporte de carga para moradores.

Além disso, não pagam a taxa ambulâncias, viaturas policiais, veículos oficiais, ônibus de transporte coletivo regular e veículos usados por pessoas com deficiência, entre outros serviços considerados essenciais para a comunidade.