A menos de uma semana para o Natal, a preocupação toma conta de muitos brasileiros que aguardam suas encomendas. Uma greve parcial nos Correios, que começou na última terça-feira, está gerando incertezas sobre se os presentes e compras chegarão a tempo para as festividades em todo o país.
Esta paralisação não é total, mas afeta funcionários em nove estados. Em algumas localidades, como em São Paulo, já se percebe uma diminuição no ritmo de atendimento e na movimentação dos pacotes. Por outro lado, o serviço segue operando normalmente na Bahia, trazendo um pouco de alívio para os moradores da região.
O que os trabalhadores pedem?
A paralisação acontece porque os trabalhadores dos Correios buscam um novo acordo coletivo, que inclua um reajuste de salário. Além disso, eles querem medidas efetivas para resolver a grave crise financeira que a empresa pública enfrenta. Atualmente, os Correios acumulam um prejuízo de R$ 6 bilhões.
Para tentar sair do vermelho e se reestruturar, a estatal está buscando um empréstimo de R$ 12 bilhões, que já foi autorizado pelo Tesouro Nacional. É um cenário delicado que coloca pressão nas negociações.
Justiça determina manutenção dos serviços
Diante da situação, a Justiça do Trabalho agiu. A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou que 80% dos funcionários dos Correios precisam continuar em atividade durante a greve. Essa decisão atendeu a um pedido da própria estatal, já que o serviço postal é considerado essencial e não pode parar completamente.
"O serviço postal é essencial e não pode sofrer paralisação total."
Se os sindicatos não cumprirem essa ordem, podem ter que pagar uma multa diária de R$ 100 mil, um valor bem alto. Essa medida visa garantir que, mesmo com a greve, uma parte importante das entregas continue funcionando para minimizar os transtornos à população.
Correios diz que busca minimizar impactos
Em meio a tudo isso, os Correios soltaram uma nota informando que todas as agências estão abertas e que a empresa está usando estratégias para diminuir os problemas causados pela greve. O objetivo é fazer com que a população sinta o mínimo possível os efeitos da paralisação, especialmente nesta época do ano.
O futuro da greve será decidido em breve. Uma nova assembleia dos trabalhadores está marcada para a próxima terça-feira, dia 23. Nela, a categoria vai decidir se continua ou não com a mobilização, o que definirá os próximos passos e o destino de muitas encomendas aguardadas.

