Na semana do Natal, o governo federal abriu os cofres e pagou R$ 1,53 bilhão em emendas parlamentares. Esse valor representa um dos maiores desembolsos semanais do ano de 2025, ficando entre os sete maiores volumes registrados.
As emendas parlamentares são recursos do Orçamento da União que deputados e senadores indicam para financiar obras e projetos importantes em seus estados e municípios. É uma forma de direcionar verbas para atender necessidades específicas da população.
Como o dinheiro foi distribuído?
Do total pago na semana do Natal, a maior parte, cerca de 55%, foi para as emendas de bancadas estaduais. Isso significa que R$ 831 milhões foram direcionados para essas emendas que, por lei, o governo é obrigado a pagar. Em seguida, R$ 416 milhões (27%) foram para emendas de comissão e R$ 270 milhões (18%) para as emendas individuais.
Os deputados federais foram os que mais viram suas emendas individuais e de comissão serem pagas nessa semana, somando R$ 500 milhões. Já os senadores receberam R$ 186 milhões do que haviam indicado.
Um detalhe importante: as chamadas emendas Pix, que permitem a transferência direta de dinheiro para estados e municípios sem uma finalidade específica pré-definida, não tiveram pagamentos na semana do Natal, apesar de ainda restarem R$ 99,5 milhões desse tipo de emenda para serem quitados.
O panorama de 2025
Olhando para o ano de 2025, o governo já pagou um montante significativo em emendas: R$ 30,2 bilhões até agora. Esse valor inclui as emendas individuais e de bancada, que são de pagamento obrigatório, e as emendas de comissão, cuja execução não é compulsória.
Além dos pagamentos, o governo também se comprometeu a pagar mais R$ 2,6 bilhões em emendas na mesma semana. Com isso, o total que o governo já prometeu pagar chegou a R$ 44,7 bilhões. Esse valor corresponde a 92% dos R$ 48,5 bilhões que foram destinados para as emendas parlamentares em 2025. Se o restante das emendas de 2025, que somam R$ 14,5 bilhões e já estão empenhadas (ou seja, o governo se comprometeu a pagar), não forem quitadas este ano, elas serão reclassificadas como “restos a pagar” e terão que ser pagas nos próximos anos.

