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Educação e ancestralidade marcam 2º dia da Jornada de Dança da Bahia

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Fórum de Educadores destacou a ancestralidade na dança e premiou Clyde Morgan na 15ª Jornada de Dança da Bahia.
Por Redação
Educação e ancestralidade marcam 2º dia da Jornada de Dança da Bahia

Bailarino, coreógrafo e escritor Guego Anunciação debateu a ausência dos corpos pretos no balé clássico -

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O segundo dia da 15ª Jornada de Dança da Bahia foi marcado por reflexões sobre Educação e ancestralidade no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. O evento, realizado na Escola de Dança da UFBA, incluiu o Fórum de Educadores de Dança, que apresentou palestras de educadores internacionais, inclusive do Uruguai, focando na representatividade na dança.

Entre os palestrantes, o bailarino e coreógrafo Guego Anunciação discutiu a falta de representação de corpos negros no balé clássico e a relevância da ancestralidade nas performances. Durante sua participação, ele enfatizou a necessidade de valorizar a identidade cultural nos espetáculos ao redor do mundo.

A programação continuou no Espaço Xisto Bahia, onde foi lançado um catálogo comemorativo aos 15 anos do festival, com a presença de convidados especiais, incluindo Fátima Suarez, diretora e coordenadora geral da Jornada de Dança. Fátima destacou a significância de abordar temáticas raciais e culturais nesse dia especial. "O Fórum de Educadores foi maravilhoso, com oficinas que discutiram a presença negra no balé clássico e outras formas de expressão", afirmou.

No mesmo dia, o professor Clyde Morgan recebeu o prêmio Duncan, uma homenagem específica no contexto do Dia da Consciência Negra, celebrando a diversidade dentro da dança. O evento fomentou um espaço com cerca de 60% de participantes negros e indígenas, promovendo diálogos sobre mudanças necessárias nas realidades sociais.

A programação artística contou com a mostra do espetáculo A Fuga Para Frente, do grupo Áttomos Cia de Dança, que abordou a luta contra condições indesejadas, e a apresentação de Still Reich, do Focus Cia de Dança, do Rio de Janeiro, que reinterpretou obras de Steve Reich. O diretor da Áttomos, Anderson Rodrigo, falou sobre a essência do seu trabalho: "O espetáculo trata de como a fuga nos motiva a buscar novas perspectivas e realidades".

A Jornada de Dança segue até domingo, 23, com uma programação recheada de fóruns, residências artísticas e mostras, encerrando suas atividades no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, com a festa de 15 anos do festival já confirmando sua próxima edição.