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Detenção de Daniel Vorcaro, acionista do Atlético-MG, por crimes financeiros em Guarulhos

Daniel Vorcaro, acionista do Atlético-MG, foi preso pela PF no aeroporto de Guarulhos por crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Por Redação
Detenção de Daniel Vorcaro, acionista do Atlético-MG, por crimes financeiros em Guarulhos

Acionista da SAF do Atlético-MG é preso por suspeita de ligação com PCC -

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A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira, 17, Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master e acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A ação ocorreu no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos falsos e crimes financeiros.

Vorcaro detém 20,2% da SAF do clube mineiro, sendo o terceiro maior acionista, atrás da família Menin e da Associação do Atlético. O empresário teria investido cerca de R$ 300 milhões na aquisição dessas ações entre 2023 e 2024. Sua detenção aconteceu enquanto ele tentava deixar o Brasil em um avião particular.

As investigações apontam indícios de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, com possíveis ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma notória organização criminosa do país. Essa apuração é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que examina a origem dos recursos utilizados na compra das ações do Atlético-MG. O clube negou estar envolvido nas irregularidades, afirmando que não tinha conhecimento dos fatos.

A prisão de Vorcaro se deu um dia após o anúncio de um consórcio liderado pelo grupo Fictor Holding Financeira para adquirir o Banco Master, com um investimento estimado em R$ 3 bilhões e participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos. Anteriormente, a venda do banco ao Banco de Brasília (BRB) havia sido barrada pelo Banco Central devido à falta de transparência.

Nesta terça-feira, 18, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, suspendendo a venda ao consórcio Fictor e a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores do banco. A Operação Compliance Zero executou sete mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal, envolvendo pessoas acusadas de gestão fraudulenta e organização criminosa.