O deputado estadual Jurailton Santos (Republicanos) provocou polêmica ao solicitar a inclusão de evangélicos nas ações do Novembro Negro, promovidas pelo governo da Bahia e pela prefeitura de Salvador. Ele argumentou que as iniciativas costumam se restringir a religiões de matrizes africanas.
Em seu pedido, apresentado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e também ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) e à secretária municipal de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos (PDT), o parlamentar destacou que as práticas religiosas de cunho cristão, especialmente entre a população afrodescendente, deveriam ser valorizadas. "Uma vez que é contumaz que projetos voltados para essa vertente têm um eixo estrito às religiões de matriz afro", afirmou Santos.
O deputado defende que o poder público deve implementar políticas voltadas ao enfrentamento do racismo, ao incentivo à cultura e à justiça social. Na proposta enviada ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ao secretário de Cultura, Bruno Monteiro, Santos reiterou a necessidade de uma celebração que valorize a população negra na Bahia em sua totalidade.
“É notável que o escalar e ascensão da religião cristã em território baiano... formou a base solidificada de fiéis e adeptos ao longo dos anos”, completou.
Como sugestão, o deputado sugeriu a criação do projeto Novembro Bahia Território Afro como uma forma de ampliar a programação do evento promovido na capital baiana.
Controvérsia sobre o feriado da Consciência Negra
Recentemente, o vereador Edvaldo Lima (União Brasil), de Feira de Santana, gerou controvérsia ao criticar a transformação do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, em feriado nacional. Ele descreveu a medida como "racista e preconceituosa", alegando que o feriado é exclusivo para negros e que isso divide a nação.

