Política

Correios recebem R$ 10 bilhões para reforçar caixa e pagar salários

Os Correios recebem R$ 10 bilhões de empréstimo de R$ 12 bilhões para reforçar caixa e pagar salários, com garantia da União e previsão de mais R$ 2 bilhões em janeiro.
Por Redação
Correios recebem R$ 10 bilhões para reforçar caixa e pagar salários

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Os Correios receberam um importante repasse de R$ 10 bilhões nesta quarta-feira, dia 31. Esse valor, que faz parte de um empréstimo maior de R$ 12 bilhões, chegou para ajudar a estatal a enfrentar uma delicada crise financeira. A boa notícia é que, com a liberação dessa verba, os Correios conseguiram pagar o salário de dezembro de todos os seus funcionários, um montante estimado em R$ 300 milhões.

Os R$ 2 bilhões restantes do empréstimo devem ser liberados já em janeiro, completando o socorro financeiro vital para a empresa.

Entenda o Empréstimo e as Garantias

A operação de crédito que resultou nesse repasse foi firmada com um consórcio de cinco grandes bancos: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O contrato, que tem validade até 2040, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no sábado, dia 27. Essa liberação dos recursos só foi possível depois que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicou o contrato de garantia entre a União e o grupo de bancos na terça-feira, dia 30.

A garantia da União, autorizada pelo Tesouro Nacional em 18 de dezembro, foi fundamental. Ela dá segurança às instituições financeiras que concederam o crédito, reduzindo o risco da operação e tornando o empréstimo viável para os Correios.

“A garantia da União é crucial para que os bancos se sintam seguros em emprestar grandes somas a estatais em momentos de necessidade”, explica um analista de mercado.

Inicialmente, os Correios tinham a intenção de conseguir um empréstimo ainda maior, de R$ 20 bilhões. No entanto, o Tesouro Nacional não autorizou essa operação, principalmente por causa das taxas de juros, que foram consideradas muito altas na época.

Olhar para o Futuro: Desafios em 2026

Apesar do alívio momentâneo com a injeção de capital, o futuro financeiro dos Correios ainda apresenta desafios. A previsão orçamentária da empresa para 2026, também divulgada no Diário Oficial da União, aponta para um cenário preocupante. O documento indica um aumento de 21% nas despesas correntes e uma redução de 26% nas receitas.

Essa estimativa orçamentária faz parte de um decreto maior que apresenta as projeções para todas as empresas estatais federais em 2026, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo da semana. O cenário reforça a necessidade de gestão e planejamento para garantir a sustentabilidade da empresa a longo prazo, mesmo com o apoio financeiro recebido.