A China mobilizou mais de 100 navios de guerra e embarcações da guarda costeira em diversas áreas do Leste Asiático, configurando a maior demonstração de força naval do país em 2025. A movimentação, detectada por fontes da região e relatórios de inteligência, ocorre em um contexto de crescente tensão diplomática entre a China e o Japão.
As hostilidades tiveram início após a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, declarar que um eventual ataque da China a Taiwan poderia desencadear uma resposta militar por parte de Tóquio. Essa afirmação provocou a ira de Pequim, que também reagiu ao anúncio do presidente taiwanês, Lai Ching-te, sobre um aumento no orçamento de Defesa, estimado em US$ 40 bilhões, em resposta ao avanço militar da China.
Os navios foram avistados desde o sul do Mar Amarelo até o Mar da China Oriental, passando pelo Mar do Sul da China e adentrando áreas do Pacífico. Durante um dos picos da operação, mais de 100 embarcações chinesas estavam ativas; na manhã da quinta-feira, esse número ainda ultrapassava 90.
Tradicionalmente, a China intensifica seus exercícios militares no fim do ano, mas não houve um anúncio oficial sobre manobras de larga escala neste caso. Contudo, o volume de navios mobilizados superou outras operações anteriores, incluindo uma mobilização em dezembro, que levou Taiwan a elevar seu nível de alerta.
Diante dessa escalada, Taiwan e Japão expressaram sua preocupação. A presidência taiwanesa fez um apelo a Xi Jinping para que 'aja com responsabilidade e moderação', sublinhando que a atividade militar da China repercute em toda a região do Indo-Pacífico. O ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, afirmou que o Japão acompanha os movimentos com atenção, evidenciando que a China tem aumentado suas ações militares nas proximidades do território japonês.
Atualmente, autoridades taiwanesas indicam que quatro grupos navais chineses estão operando no Pacífico ocidental. Taiwan permanece em estado de vigilância constante para evitar qualquer surpresas e assegurou que estará em cooperação com seus aliados para conter eventuais tentativas de desestabilização na região.

