O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi detido na manhã deste sábado, 22, em sua residência, localizada em um condomínio no Jardim Botânico, após uma ordem de prisão preventiva emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão de Bolsonaro ocorreu em virtude de uma tentativa de romper a tornozeleira eletrônica que estava usando, visando, segundo a decisão judicial, “assegurar êxito em uma fuga”. Este episódio teria acontecido por volta da meia-noite, conforme informações do próprio STF.
A solicitação para a detenção foi realizada pela Polícia Federal e, após a prisão, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde chegou por volta das 6h. A operação foi conduzida sem o uso de algemas e com a determinação de que o ex-presidente não fosse exposto publicamente.
Fontes da Polícia Federal indicam que a necessidade da prisão preventiva de Bolsonaro também foi influenciada por uma vigília convocada em frente ao seu condomínio pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho. Durante a detenção, Bolsonaro não apresentou resistência e permaneceu calmo.
Após ser preso, o ex-presidente foi submetido a um exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal. Vale ressaltar que essa detenção é de caráter preventivo e não marca o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses imposta a Bolsonaro no contexto do processo envolvendo a tentativa de golpe de Estado.