O Governo Federal decidiu avaliar o aumento das tarifas sobre produtos como carros e aços a partir de 2026, com o objetivo de proteger setores econômicos afetados por importações, especialmente da China.
De acordo com o relatório da Receita do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a expectativa é de uma arrecadação adicional de cerca de R$ 14 bilhões. O projeto, que é de autoria da senadora Dorinha Rezende (União-TO), foi aprovado recentemente pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Técnicos do governo apontam que a origem dessa receita extra virá do aumento das alíquotas do imposto sobre importação para determinados itens, em resposta às mudanças no cenário geopolítico global.
O impacto desse aumento de tarifas, conhecido como tarifaço, já é visível. As políticas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, sob o comando do ex-presidente Donald Trump, direcionaram produtos chineses para outros mercados, prejudicando setores da economia brasileira. Representantes da indústria do aço preveem uma queda na produção e uma elevação de mais de 30% nas importações para o ano de 2025.
No setor automotivo, a demanda aponta para uma necessária recomposição tarifária de até 35%. Dessa forma, a administração federal deverá implementar mecanismos de defesa comercial para mitigar os efeitos adversos.