A Polícia Civil da Bahia prendeu Kananda Hemerly Moreira, de 29 anos, suspeita de ser uma peça-chave na negociação de armas e drogas para a facção criminosa Comando Vermelho no estado. A prisão aconteceu em Ilhéus, na Bahia, na manhã da última segunda-feira, dia 15, durante a Operação "Costa Segura".

Kananda, que é viúva de um dos líderes do tráfico, continuava comandando as ações do grupo mesmo após a morte do companheiro. Segundo as investigações da Polícia Civil, ela tinha um papel fundamental na organização criminosa, sendo responsável por:

Fornecer drogas e armas de fogo.
Negociar grandes remessas de entorpecentes.

Essa não é a primeira vez que Kananda se envolve com a justiça. Ela já tinha passagem pela polícia por estelionato. Na ocasião, a mulher negociou a venda de uma pistola, recebeu R$ 10 mil pela transação, mas nunca entregou a arma.

Operação "Costa Segura" combate o crime organizado

A prisão de Kananda Hemerly Moreira foi um dos focos da Operação "Costa Segura", uma ação conjunta das Polícias Civil, Militar e Federal. A mulher era o principal alvo da operação e, para evitar ser encontrada, trocava de endereço constantemente. No entanto, as investigações conseguiram localizar seu paradeiro em Ilhéus, no sul da Bahia.

A Operação "Costa Segura" foi além de Ilhéus, alcançando os municípios baianos de Itabuna, Uruçuca e Itacaré. A ação se estendeu para outros estados, com prisões realizadas também no Rio de Janeiro e na Paraíba, mostrando a amplitude e a articulação do grupo criminoso investigado. No total, a operação conseguiu prender 29 pessoas, sendo:

11 em Itabuna, na Bahia.
8 em Itacaré, na Bahia.
5 em Uruçuca, na Bahia.
3 em Ilhéus, na Bahia.
1 em João Pessoa, na Paraíba.
1 no Rio de Janeiro.

Dos presos, 19 são homens e 10 são mulheres. O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, comentou que é comum mulheres entrarem para o mundo do crime após se relacionarem com pessoas já envolvidas com atividades ilegais. A operação representa um duro golpe contra o tráfico de armas e drogas e a estrutura do crime organizado que atuava na região.

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