Mesmo após rebaixamento, Marcelo Paz defende modelo de gestão do Esquadrão e rebate críticas da torcida cearense.

Marcelo Paz, o CEO da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Fortaleza, voltou a falar publicamente sobre a gestão do Bahia, elogiando o modelo adotado pelo Grupo City como “exemplar”. A declaração de Paz acontece em um momento delicado para o Leão do Pici, que acabou de ser rebaixado para a Série B do Brasileirão, gerando muitas comparações e críticas por parte dos torcedores.

A torcida do Fortaleza tem comparado a campanha do clube com a do Esquadrão de Aço, que teve um ano de resultados mais positivos. Contudo, Marcelo Paz fez questão de lembrar que a situação era bem diferente no ano anterior. Ele destacou que, em 2024, o Fortaleza terminou o Campeonato Brasileiro na quarta posição, enquanto o Bahia ficou em oitavo, mesmo contando com um investimento financeiro maior.

"Quando está ganhando tudo é legal. No final do ano passado, nós terminamos o campeonato em quarto, o Bahia terminou em oitavo e a nossa torcida dizia: 'SAF do Bahia cheia de dinheiro e o Fortaleza sem dinheiro dando certo, a SAF orgânica'. E agora o Bahia dá certo, com um baita time, e o Fortaleza está com esse pessoal que quer se perpetuar no poder. Tudo isso vai ao balanço da rede", disse Marcelo Paz durante o podcast "Razão e Clubismo".

A admiração de Paz pela SAF do Bahia não é novidade. Em uma entrevista para a ESPN, lá em julho, o dirigente já tinha apontado a SAF do clube como um exemplo de sucesso na gestão esportiva e financeira. Para ele, o Bahia acertou em cheio na escolha do parceiro, que tem um grande lastro financeiro, ou seja, muitos recursos disponíveis.

“Acertaram muito bem no parceiro, que tem muito lastro financeiro, uma condição privilegiada nesse ponto. Como o recurso do Bahia vem do exterior, vem lastreado ou em dólar ou em euro, moedas mais valorizadas que a nossa, é mais factível fazer os investimentos", explicou o CEO na época.

Uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) é um modelo onde o clube de futebol se torna uma empresa, permitindo a entrada de investidores e uma gestão mais profissionalizada. O Grupo City, que administra o Bahia, é um conglomerado global conhecido por investir em diversos clubes de futebol pelo mundo, o que facilita o acesso a recursos e expertise.

Enquanto o debate sobre a gestão continua, o Fortaleza já foca nos desafios da temporada 2026. O clube cearense se prepara para disputar o Campeonato Cearense, a Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e a Série B do Campeonato Brasileiro, buscando um retorno rápido à elite do futebol nacional.

CEO do Fortaleza elogia SAF do Bahia como 'exemplar'