A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira, 24, uma significativa reformulação no calendário do futebol feminino, válida a partir da temporada de 2026. A nova estrutura, apresentada sob a liderança do presidente Samir Xaud, inclui mudanças em todas as competições nacionais, com um aporte total de R$ 685 milhões.

As alterações contemplam um aumento de 41% no número de datas e 84% no volume de partidas, resultando em um total de 167 jogos na Série A1, que será ampliada para 18 clubes. A Série A2 adotará um formato de grupo único e turno único na primeira fase, enquanto a Série A3 contará com 32 times, abrangendo todas as unidades federativas do Brasil.

A Copa do Brasil Feminina também será ampliada, passando para 66 participantes com um aumento de jogos, incluindo confrontos de ida e volta nas quartas de final. Durante o evento, Xaud destacou a importância da colaboração com clubes, federações e jogadoras no desenvolvimento do novo calendário.

“O novo modelo atende a demandas importantes, colocando o futebol feminino brasileiro onde merece estar”, afirmou.

A CBF também implementará uma política inovadora que permitirá que atletas mães em fase de lactação levem seus filhos para viagens oficiais, com todas as despesas cobridas pela entidade. Esta medida visa oferecer condições adequadas de desempenho para jogadoras com filhos pequenos.

A reformulação se estenderá às categorias de base, ajustando os campeonatos Sub-20, Sub-17, Sub-16 e Sub-14, de modo a evitar conflitos com as datas das Seleções Brasileiras. O programa CBF Transforma será expandido para financiar campeonatos estaduais nas categorias de base.

As principais competições ganharão novas definições. A Supercopa Feminina terá sua abertura em 8 de fevereiro, enquanto a Série A1 inicia no dia 15 de fevereiro, culminando em 4 de outubro. Para a Série A2, o campeonato começará em 14 de março e a Série A3 de 21 de março a 5 de setembro. O novo calendário é visto como uma base estratégica para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada no Brasil.

CBF anuncia reformulação do calendário do futebol feminino com R$ 685 milhões para 2026