Com a proximidade da Black Friday, data de grande destaque para promoções no comércio brasileiro, aumentam também as tentativas de fraudes. Criminosos aproveitam a pressa e a confiança dos consumidores para conseguir dados pessoais e financeiros, além de lucrar com compras que não são efetivamente entregues.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que, nos últimos doze meses, cerca de 56 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros, resultando em um prejuízo estimado de R$ 111,9 milhões. Para alertar os cidadãos, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) lista os cinco golpes mais comuns nesta época.

Um dos principais é o golpe da promoção com temporizador, onde ofertas irresistíveis aparecem com um contador regressivo. Esse tipo de abordagem leva o consumidor a agir impulsivamente. A ABBC recomenda que as pessoas sempre busquem promoções em e-commerces confiáveis, acessando diretamente os sites no navegador.

Outro golpe frequente é o da indicação de novos clientes, que exige que o consumidor compartilhe uma promoção com outras pessoas para poder aproveitá-la. Esse mecanismo é frequentemente usado para roubo de dados, e a ABBC orienta que se deve sempre verificar a URL do site e desconfiar de ofertas recebidas por e-mail ou redes sociais.

Ademais, há o uso de celebridades falsas com inteligência artificial, onde vídeos fraudulentos imitam famosos anunciando promoções. A recomendação é verificar se as publicações são oficiais e denunciar conteúdos suspeitos nas plataformas sociais.

Um clássico golpe é a falsa central de atendimento, onde criminosos se passam por funcionários de bancos e pedem dados bancários sob a alegação de tentativas suspeitas de compra. Os bancos nunca solicitarão essas informações por telefone, e qualquer contato suspeito deve ser ignorado.

Além desses, a ABBC alerta sobre o golpe da “Conta Laranja”, que envolve crianças e adolescentes usando contas dos pais para movimentar valores ilícitos. O acompanhamento constante das transações e o uso de cartões virtuais são algumas das práticas recomendadas.

Golpes financeiros afetam 56 milhões de brasileiros em um ano