A Polícia Civil está investigando o secretário-adjunto de Segurança de Arujá, em São Paulo, Uelton de Souza Almeida. Ele é o principal suspeito de ter atirado e matado o guarda-civil municipal (GCM) Nelson Caetano de Lima Neto na noite da última quarta-feira, 25, véspera de Natal.
Almeida, que também é GCM de carreira e vereador licenciado na cidade, fugiu do local do crime. Até o fechamento desta edição, ele era considerado foragido, embora a defesa estivesse em contato para uma possível apresentação espontânea à polícia.
Motivação passional é a principal linha de investigação
Os registros da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam para uma motivação passional. A investigação indica que Uelton de Souza Almeida teria discutido com sua ex-companheira. Essa mulher, por sua vez, estava atualmente em um relacionamento com a vítima, Nelson Caetano.
O guarda Nelson, que trabalhava na GCM de Mogi das Cruzes, em São Paulo, teria presenciado a discussão. Ele evitou um confronto direto antes de ser baleado por Almeida.
Prefeitura e Câmara se posicionam após o crime
Em nota oficial, a Prefeitura de Arujá anunciou medidas imediatas em relação a Uelton de Souza Almeida. Ele foi afastado de suas funções administrativas como secretário-adjunto e teve suas atividades como guarda municipal suspensas.
A administração municipal informou que está colaborando integralmente com as investigações e aguarda o pronunciamento do Judiciário sobre o caso.
No que diz respeito ao seu cargo no Legislativo, a Câmara Municipal de Arujá ainda deverá decidir o futuro do mandato de Almeida. Ele estava licenciado da vereança para assumir a pasta de Segurança na prefeitura.
Histórico de irregularidades do suspeito
O nome de Uelton de Souza Almeida não é novo em investigações. Ele já era alvo de apurações do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Recentemente, Almeida confessou ter cometido irregularidades entre os anos de 2021 e 2024. Ele acumulou indevidamente o salário de GCM com o mandato de vereador. Relatórios da época mostraram que ele recebia como guarda sem cumprir expediente, participando de sessões na Câmara em horários que se sobrepunham.
Para evitar um processo por improbidade administrativa, Uelton de Souza Almeida firmou um acordo de não persecução cível. Nesse acordo, ele se comprometeu a devolver R$ 5.826,70 aos cofres públicos, referentes a danos e multas.

