Um novo exame realizado na última sexta-feira, 5, descartou o caso de raiva em um filhote de cachorro em Salvador, na Bahia. O animal havia testado positivo para a doença na semana anterior, gerando preocupação, pois seria o primeiro registro da doença na capital baiana em duas décadas.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), responsável pelo diagnóstico inicial em 28 de novembro, também conduziu o novo teste que resultou na negativação.
Com a nova análise, Salvador retorna a sua marca de 20 anos sem registros de raiva em cães. Em 2025, a capital enfrentou outros casos, relacionados a morcegos e equinos. Embora o resultado tenha sido tranquilizador, a Prefeitura de Salvador assegurou que seguirá com ações de vigilância e prevenção.
Entre as medidas adotadas estão a vacinação nas áreas onde o filhote circulou, a busca ativa por pessoas e animais que possam ter sido expostos, visitas domiciliares realizadas por Agentes de Combate às Endemias, orientações sobre sinais clínicos e práticas seguras, além do monitoramento da circulação viral. A emissão de alertas epidemiológicos para unidades de saúde foi também incluída entre as iniciativas.
Dados da Sesab indicam que, entre janeiro e novembro de 2025, o estado da Bahia registrou 92 casos de raiva em animais, incluindo morcegos, bovinos e equinos, mostrando um aumento de 95% em comparativo com os últimos quatro anos. O mês de fevereiro destacou-se com 14 casos confirmados, embora as cidades afetadas não tenham sido divulgadas.
Último caso de raiva em humanos no estado ocorreu em 2017, no município de Paramirim, após contato com um morcego.