A investigação sobre a morte de Raiane Bispo Santana, uma auxiliar de cozinha de 30 anos, teve um novo desdobramento nesta sexta-feira, 14, quando a Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão temporária relacionados ao Caso Raiane: prisões confirmam execução e descartam bala perdida. Os suspeitos, uma mulher de 33 anos e um homem de 23, foram detidos, comprometendo a versão inicial de que a fatalidade teria sido resultado de uma 'bala perdida'.
Raiane foi assassinada a tiros em 18 de agosto, no distrito de Nova Caraíva, em Porto Seguro, na Bahia, enquanto trabalhava. A jovem foi surpreendida por criminosos e morta ao tentar se esconder no alojamento do restaurante onde atuava. Os agressores atravessaram um rio e chegaram a pé ao local.
A perícia técnica identificou marcas de tiros na cerca, na janela e na parede interna do cômodo, além de vestígios de pólvora encontrados no braço da vítima, sugerindo disparo à queima-roupa. Inicialmente, a hipótese de que o assassinato teria sido encomendado por integrantes do Comando Vermelho (CV) foi levantada, levando a polícia a apurar essa possibilidade. Entretanto, a família de Raiane nega essa teoria, afirmando que a jovem não tinha envolvimento com drogas ou com o crime.
Raiane, que havia se mudado recentemente para a região buscando oportunidades de trabalho, deixou três filhos, de 6, 9 e 11 anos.
As detenções ocorreram durante a Operação Vita, realizada pela 3ª Delegacia Territorial de Porto Seguro/Trancoso, com o apoio do GATTI. O homem detido, identificado pelas iniciais R.J.S., é o mesmo que apareceu em vídeos recentes exibindo uma espingarda calibre 12 em Itaporanga. A mulher presa, U.O.S., também teria desempenhado um papel ativo na ação criminosa. Ambos continuarão sob custódia enquanto novos envolvidos na investigação são identificados.
As investigações seguem em andamento, com a polícia trabalhando para esclarecer todas as circunstâncias que culminaram no trágico assassinato de Raiane.

