Curiosidades e tecnologia

Pesquisadores da Universidade Wake Forest criam adesivo para detectar câncer de pele

Pesquisadores da Universidade Wake Forest desenvolveram adesivo que identifica risco de câncer de pele, medindo bioimpedância de forma não invasiva.
Por Redação
Pesquisadores da Universidade Wake Forest criam adesivo para detectar câncer de pele

Dispositivo dispensa bateria e chip -

Compartilhe:

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, desenvolveram um adesivo vestível inovador que promete identificar o risco de câncer de pele. O dispositivo, que não utiliza bateria ou chip, é capaz de medir a bioimpedância da pele de maneira simples e não invasiva.

A tecnologia destaca-se por sua capacidade de diferenciar áreas saudáveis de lesões suspeitas, independentemente do tom de pele, ao analisar sinais elétricos específicos. O estudo foi publicado na revista npj Biomedical Innovations.

Segundo o líder da pesquisa, Mohammad J. Moghimi, o adesivo foi projetado para ser leve, descartável e de fácil uso, permitindo que pacientes e profissionais monitorem lesões de forma mais ágil. O dispositivo fornece dados objetivos sobre a pele, o que pode reduzir a necessidade de biópsias desnecessárias e auxiliar os médicos na tomada de decisões mais precisas.

Para testar a eficácia do adesivo, os cientistas aplicaram o dispositivo em lesões pigmentadas e em áreas saudáveis de dez voluntários. As medições revelaram diferenças claras entre os tecidos analisados. O dermatologista Eduardo Oliveira, especialista em oncologia cutânea, explicou que lesões malignas alteram a condutividade elétrica da pele, evidência que pode ser detectada pelo método utilizado.

Apesar do grande potencial, Oliveira destacou que a tecnologia ainda necessita de validação mais abrangente para confirmar sua eficácia na distinção entre lesões benignas e malignas. Ele também mencionou desafios técnicos, como a necessidade de que o módulo leitor esteja a poucos milímetros do adesivo para garantir a qualidade do sinal.

Um dos principais avanços do adesivo é sua funcionalidade em todos os tons de pele, superando limitações enfrentadas por métodos visuais, que podem ser menos eficazes em peles mais escuras. A equipe de pesquisa planeja aprimorar o design do dispositivo com eletrodos de hidrogel e realizar estudos clínicos mais amplos para avaliar o desempenho do adesivo em situações reais.