O ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em setembro na cidade de Praia Grande, São Paulo, em uma emboscada supostamente orquestrada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Uma denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta sexta-feira, 21, indicou a participação de oito suspeitos no crime, que foi classificado como uma ação de vingança do grupo.
De acordo com as investigações, o PCC teria decidido eliminar Ruy Fontes em razão de sua longa atuação no combate ao tráfico e às atividades criminosas da facção ao longo de mais de 40 anos. O planejamento para o homicídio começou em março deste ano, envolvendo o roubo de veículos, a compra de armas e a escolha de imóveis para apoio logístico.
Ruy Ferraz Fontes foi executado no dia 15 de setembro, quando foi alvo de mais de 20 disparos de fuzil, após uma perseguição em alta velocidade que terminou com o capotamento de seu veículo. Após o atentado, os criminosos abandonaram os carros roubados utilizados na ação, sendo que um deles foi incendiado para dificultar a investigação policial.
O MPSP alega que a denúncia inclui homicídio qualificado, tentativas de homicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, favorecimento pessoal e associação a organização criminosa armada. No total, 12 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP) em relação ao caso, mas cinco delas foram liberadas por decisão judicial.

