A Operação Rainha do Sul, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 27, em Salvador, na Bahia, resultou na prisão de 15 pessoas, incluindo a advogada Poliane França. De acordo com o diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ernandes Junior, Poliane mantinha um vínculo amoroso com Leandro Fonseca, líder de uma facção criminosa, que está detido no Presídio de Serrinha.
A relação, inicialmente profissional, evoluiu para uma ligação mais próxima, levando Poliane a mudar seu status durante as visitas ao presídio. Ela passou a atuar como intermediária entre Leandro e a organização, além de assumir responsabilidades que iam além de simples recados. ”No sistema penitenciário, ela se tornou companheira dele e passou a ser um membro ativo na estrutura da facção”, afirmou Ernandes Junior.
A advogada, além de transmitir informações, estava envolvida na distribuição de drogas e armamento, além de atuar como tesoureira, gerindo o dinheiro obtido pela organização. “Não era apenas uma mensageira, mas sim uma figura com poder de decisão dentro da facção”, acrescentou o diretor.
Um dos métodos utilizados pelo casal para a lavagem de dinheiro foi a aquisição de um haras em Pernambuco, onde investiram em cavalos de luxo e uma usina solar avaliada em quase R$ 1 milhão. “Eles compravam cavalos para justificar aquele dinheiro. Através de suas atividades, foi possível comprovar a distribuição de armas para a facção em diversos bairros da Bahia”, detalhou Ernandes.
A operação continua em andamento, e novas investigações estão sendo realizadas para apurar a extensão das atividades criminosas e a participação de outros envolvidos.

