A Operação Freedom, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia na terça-feira, 4, resultou na prisão de 39 membros do Comando Vermelho, reforçando o debate sobre as estratégias de combate ao crime organizado entre os estados. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, comparou os resultados da operação fluminense, que resultou na Operação Contenção, com 121 mortos e mais de 100 prisões, e destacou a quantidade de apreensões realizadas na ação carioca.
“Conseguimos cumprir todos os mandados de busca e apreensão. Foram 113 pessoas presas e uma quantidade significativa de fuzis apreendidos. Enquanto a Bahia apreendeu 115 fuzis em 2023, alcançamos quase esse número em uma única operação”, ressaltou Santos.
A Operação Freedom teve como objetivo desarticular o núcleo armado e financeiro de uma facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro, com ações coordenadas em Salvador, Aratuípe e Eusébio (CE). Durante a abordagem, um dos alvos morreu ao reagir com disparos contra os policiais.
Os presos são suspeitos de crimes graves, incluindo assassinatos e tráfico de drogas. A Polícia Civil estima que as prisões possam esclarecer cerca de 30 homicídios na Bahia. Entre os detidos estão Luís Lázaro Santana Alves, conhecido como “LL”, e Marielle Silva Santos, figuras importantes na facção.
Além das prisões, foram executados 46 mandados de busca e apreensão, bloqueadas 51 contas bancárias ligadas ao crime, apreendidos armamentos, drogas e materiais cirúrgicos utilizados pelos criminosos.
Em resposta, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, destacou que a ação reflete o modelo de atuação do estado, focando na repressão qualificada. Ele enfatizou que a Operação Freedom exemplifica um policiamento orientado pela inteligência e investigação, com o objetivo de neutralizar lideranças criminosas.
Werner afirmou que o combate ao crime organizado requer uma abordagem integrada, envolvendo cooperação entre os níveis federal e estadual. Ele também ressaltou a importância de um enfrentamento financeiro às facções, com a necessidade de bloquear fluxos financeiros de atividades ilícitas.