Polícia

Menino com autismo morre afogado após fugir de casa em Eunápolis

Uma criança de 11 anos com autismo nível 3 de suporte morreu afogada em um lago em Eunápolis, na Bahia, após fugir de casa. A mãe o encontrou.
Por Redação
Menino com autismo morre afogado após fugir de casa em Eunápolis

Criança já foi encontrada morta pela mãe -

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Uma notícia triste abalou a cidade de Eunápolis, na Bahia, nesta quinta-feira, 25. Um menino de apenas 11 anos, identificado como Marcelo de Oliveira Lima Ribeiro, morreu afogado em um lago. A tragédia aconteceu depois que Marcelo, que tinha diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3 de suporte e não verbal, conseguiu sair de casa sem que sua família percebesse de imediato.

O caso comoveu a comunidade, mostrando a vulnerabilidade e os desafios enfrentados por famílias de crianças com necessidades especiais. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3 de suporte, como era o caso de Marcelo, indica uma necessidade significativa de apoio contínuo em várias áreas da vida. Crianças com essa condição, especialmente as não verbais, muitas vezes enfrentam grandes desafios na comunicação e na compreensão de situações de perigo. Além disso, podem apresentar comportamentos como agitação e a tendência de se afastar do ambiente familiar, um fenômeno conhecido como 'elopement' ou fuga, que exige constante supervisão.

De acordo com o relato da Polícia Civil, a mãe de Marcelo foi quem primeiro notou a ausência do filho. Ao ver as portas da casa abertas, o coração da mãe deve ter gelado. Ela rapidamente foi em direção a uma lagoa que fica no Parque Gravatá, no bairro Antares, um local que o menino costumava visitar. Infelizmente, a cena que encontrou foi a mais dolorosa: seu filho estava morto na água.

A mãe e a tia de Marcelo contaram às autoridades que o garoto apresentava um comportamento agitado. Elas também revelaram que Marcelo já havia tentado fugir de casa outras vezes, o que ressalta a complexidade de cuidar de uma criança com TEA que possui essa característica.

A comunidade e testemunhas próximas ajudaram a retirar o corpo do menino da água. Depois, ele foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da região, onde passaria por exames.

A Delegacia de Eunápolis registrou o ocorrido como morte por afogamento. Até o momento, não há detalhes divulgados sobre o velório e o sepultamento de Marcelo. A perda do pequeno Marcelo é um lembrete doloroso sobre a importância de redes de apoio e de conscientização sobre as particularidades e os riscos enfrentados por pessoas com autismo severo e suas famílias.