A 15ª Jornada de Dança da Bahia teve sua abertura nesta quarta-feira, 19, no Espaço Xisto Bahia, com o tema "Corpos que contam histórias". O evento, que celebra 15 anos, promoveu uma intensa mostra artística chamada "Rememoriar + Dança Cansada", reunindo participantes de várias partes do Brasil.
O espetáculo "Rememoriar" foi coreografado e apresentado por Helena Bevilaqua e Lilian Lima, que compartilharam experiências pessoais e familiares sobre envelhecimento e luto, em um momento que enfatizou a relação dos idosos com a contemporaneidade. Helena destacou a relevância do tema ao mencionar que a jornada lhe trouxe memórias afetivas, já que dançou na Bahia em 2019.
“Nosso espetáculo fala sobre envelhecimento e as nossas avós, adoecimento, esquecimento, como lidar com isso”, disse Liliam.
O segundo espetáculo da noite, "Dança Cansada", idealizado por Ramon Moura, abordou a exaustão da vida moderna. Moura ressaltou a falta de sensibilidade provocada por um estilo de vida acelerado e a proposta de fazer com que o público sinta o cansaço refletido nos movimentos da dança.
“A proposta é mesmo instigar, chegar nesse lugar para poder cansar e a gente traz isso para o público”, afirmou Ramon.
Durante a abertura, Fatima Suarez, diretora da jornada, comentou sobre a importância do intercâmbio cultural promovido pelo evento, que conta com participantes de mais de 45 cidades brasileiras e colaborações internacionais, como a da Isadora Duncan Foundation, de Nova York. A diretora enfatizou o orgulho de celebrar 15 anos de um projeto cultural que se tornou referência na dança e educação.
Os bailarinos que participaram do evento, como Yasmin Rezende do Pará e Daisy Silva, refletiram sobre a importância do tema “Danço o que sou”, que permite um espaço de troca cultural e reafirma a história e ancestralidade de cada artista ao longo dos cinco dias de festival, que se estenderá até 23 de novembro.

