Polícia

Garçom diz que levou 'mata-leão' de turista em Porto de Galinhas

Garçom envolvido em briga com turistas em Porto de Galinhas, Ipojuca (PE), compartilha vídeo e alega ter sido agredido com "mata-leão" após cobrança de conta.
Por Redação
Garçom diz que levou 'mata-leão' de turista em Porto de Galinhas

Garçom de barraca de praia em Porto de Galinhas alegou ter sido agredido por casal de turistas -

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Um novo capítulo na polêmica envolvendo turistas e comerciantes na famosa praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Pernambuco, veio à tona. Nesta segunda-feira, 29 de janeiro, um garçom que trabalha na região publicou um vídeo nas redes sociais para contar sua versão dos fatos. Ele afirma ter sido agredido com um golpe conhecido como "mata-leão" por um dos turistas no momento em que fazia a cobrança da conta.

“Ele me agrediu. Deu um mata-leão em mim. Primeiro, ele deu um tapa no meu rosto, no cardápio, a hora que eu o empurrei. Depois, ele me deu um mata-leão, eu fiquei apagado no chão e o menino me socorreu”, contou o garçom no vídeo, chocando quem acompanha o caso.

O outro lado da história: turistas acusam barraqueiros

A versão do garçom se contrapõe à que foi divulgada inicialmente pelos turistas Cleiton Zanatta, de 49 anos, e seu companheiro, Johnny Andrade. O casal havia relatado que foi agredido por funcionários das barracas no sábado anterior, dia 27. A confusão teria começado após uma discussão sobre o preço do aluguel de cadeiras e guarda-sol.

Segundo os turistas, o valor combinado inicialmente seria de R$ 50, mas, na hora de pagar, os barraqueiros exigiram R$ 80. Quando o casal se recusou a pagar o valor mais alto, a discussão escalou para agressões físicas. Eles chegaram a afirmar que um dos funcionários atirou uma cadeira contra eles. Após o incidente, os dois voltaram para Cuiabá, no Mato Grosso, onde moram, e anunciaram na terça-feira que pretendem processar tanto a Prefeitura de Ipojuca quanto o governo de Pernambuco.

Investigações em andamento e medidas da prefeitura

Diante da repercussão do caso, a Prefeitura de Ipojuca agiu rapidamente. Anunciou a suspensão da barraca envolvida na confusão por uma semana e solicitou formalmente ao estabelecimento que afaste preventivamente os garçons e atendentes que participaram do incidente até que as investigações sejam concluídas. O objetivo é garantir a apuração dos fatos com imparcialidade e transparência.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) também está à frente do caso. Já identificou e começou a ouvir um total de 14 pessoas que podem ter se envolvido na briga. Os turistas foram à delegacia no dia seguinte à confusão para registrar a ocorrência e prestar depoimento. Além disso, a Secretaria de Defesa Social (SDS) promoveu uma reunião com órgãos estaduais e municipais para discutir o episódio e buscar formas de evitar que situações como essa se repitam na região, tão importante para o turismo do estado.

A situação em Porto de Galinhas agora aguarda o desenrolar das investigações para que todos os lados sejam ouvidos e a verdade sobre os fatos venha à tona, garantindo justiça e a segurança de moradores e visitantes.