O aumento no número de baianos sem união conjugal é um dado preocupante: 20% da população do estado está separada, viúva ou divorciada, conforme os dados divulgados pelo Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 5. Essa porcentagem representa um crescimento em relação aos 13% verificados em 2010.
No Brasil, mais da metade da população, cerca de 90 milhões de pessoas, vive em algum tipo de união, refletindo 51% dos cidadãos. Este percentual cresceu ligeiramente em comparação a 2010, quando 50% da população, ou 81 milhões de indivíduos, reportaram estar em união. Os dados revelam, no entanto, um panorama indesejável na Bahia, que ocupa a segunda posição entre os estados com maior proporção de pessoas fora de união, superando o nível de separação nacional.
Entre as 85,7 milhões de pessoas que não estão em união, 53 milhões nunca viveram com um cônjuge ou companheiro. Outras 32,6 milhões estão separadas, viúvas ou divorciadas. Santa Catarina se destaca como o estado com a maior taxa de união, com 58% da população nesse status, enquanto o Amapá apresenta o maior índice de pessoas solteiras, com 53% sem parceria.
Os dados também mostram uma disparidade notável por gênero: dos 85,7 milhões que não viviam em união, 39,5 milhões são pardos, 36,1 milhões são brancos e 9,4 milhões são pretos. Dentre os que estão em união, a distribuição entre homens e mulheres é quase equivalente, com 45,2 milhões de mulheres e 45 milhões de homens.
Essas informações evidenciam uma mudança nas dinâmicas de relacionamento na Bahia e no Brasil, sugerindo uma reflexão sobre as novas formas de convívio social e as implicações disso para a sociedade.