O caso Eloá Pimentel, que chocou o Brasil em outubro de 2008, continua a repercutir com novos detalhes revelando os bastidores do crime. A jovem de apenas 15 anos foi feita refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves, dentro de seu apartamento em Santo André, São Paulo. O desfecho trágico, que resultou na morte de Eloá e na tentativa de homicídio de sua melhor amiga, Nayara Silva, ficou marcado pela intensa cobertura da mídia e pela condução polêmica das negociações pelas autoridades.
Após três anos de espera, o julgamento de Lindemberg Alves ocorreu em fevereiro de 2012, no Fórum de Santo André, cercado por grande comoção pública. Durante o processo, ele declarou ter agido sem intenção de matar, alegando um susto causado pela invasão policial. A juíza responsável pelo caso, entretanto, classificou sua atitude como “fria, orgulhosa e egoísta”, resultando em uma condenação de 98 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado, tentativas de homicídio e cárcere privado.
A sentença, amplamente divulgada pela imprensa, levou o réu a ser transferido imediatamente para o presídio de Tremembé, conhecido por abrigar detentos de alta periculosidade. Em 2025, ele conseguiu o direito à progressão para o regime semiaberto, após cumprir parte de sua pena e ter um bom comportamento dentro da prisão.
Recentemente, o caso foi reavivado pelo documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, produzido pela Netflix. A série oferece uma visão privilegiada sobre o crime e seus desdobramentos, apresentando depoimentos de familiares e jornalistas que cobriram a tragédia, assim como detalhes das negociações e a exposição midiática do sequestro. As discussões sobre as repercussões psicológicas enfrentadas pelas vítimas e seus próximos também são enfatizadas.

