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Brasil avança na arquitetura nacional do mercado voluntário de carbono em Belém

Durante a COP30 em Belém, a ABNT apresenta progresso na arquitetura nacional do mercado voluntário de carbono, fortalecendo a credibilidade do setor.
Por Redação
Brasil avança na arquitetura nacional do mercado voluntário de carbono em Belém

Jorge Cajazeira (Representante da ISO no Brasil), Mario William (presidente ABNT), Karina Nazello (Gerente Área Internacional ABNT), Geroges Humbert (correspondente A TARDE), Ricardo Fragoso (ABNT CEO) -

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Durante a COP30, em Belém, no Pará, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentará um progresso significativo na construção de uma Arquitetura Nacional para o Mercado Voluntário de Carbono. A iniciativa, que conta com a colaboração de diversas instituições brasileiras, tem como objetivo fortalecer a infraestrutura para a validação, verificação, registro e custódia de créditos de carbono.

Com o intuito de garantir a credibilidade e a transparência do mercado voluntário de carbono no Brasil, a proposta inclui o desenvolvimento de um ambiente digital integrado. Esse sistema permitirá o registro e a supervisão de metodologias brasileiras alinhadas a padrões reconhecidos internacionalmente, proporcionando maior autonomia e visibilidade para o Brasil no cenário global.

A ABNT lidera este esforço, que envolve a participação de organizações como Next ESG, ACX, ECCON/Reservas Votorantim e B3, reforçando a sinergia entre competências técnicas e tecnológicas. Segundo o presidente da ABNT, Mário William Esper, essa iniciativa marca um avanço fundamental na posição do Brasil na transição verde global.

“Estamos consolidando um modelo colaborativo que une ciência, tecnologia e governança”, destacou.

Além disso, a ABNT foi reconhecida por sua liderança na norma global sobre sustentabilidade florestal, que será um dos destaques na COP30. O comitê internacional ISO/TC 287, sob coordenação da ABNT, desenvolve normas sobre manejo sustentável da madeira e rastreabilidade, com seu trabalho culminando em apresentações na conferência.

Com isso, o Brasil reforça sua posição na definição de padrões técnicos destinados a promover práticas sustentáveis nas cadeias produtivas. Esper ressalta a importância desse desenvolvimento para o combate ao desmatamento ilegal e a valorização das florestas manejadas, apontando para um futuro mais sustentável.