Durante a COP30, em Belém, no Pará, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresentará um progresso significativo na construção de uma Arquitetura Nacional para o Mercado Voluntário de Carbono. A iniciativa, que conta com a colaboração de diversas instituições brasileiras, tem como objetivo fortalecer a infraestrutura para a validação, verificação, registro e custódia de créditos de carbono.
Com o intuito de garantir a credibilidade e a transparência do mercado voluntário de carbono no Brasil, a proposta inclui o desenvolvimento de um ambiente digital integrado. Esse sistema permitirá o registro e a supervisão de metodologias brasileiras alinhadas a padrões reconhecidos internacionalmente, proporcionando maior autonomia e visibilidade para o Brasil no cenário global.
A ABNT lidera este esforço, que envolve a participação de organizações como Next ESG, ACX, ECCON/Reservas Votorantim e B3, reforçando a sinergia entre competências técnicas e tecnológicas. Segundo o presidente da ABNT, Mário William Esper, essa iniciativa marca um avanço fundamental na posição do Brasil na transição verde global.
“Estamos consolidando um modelo colaborativo que une ciência, tecnologia e governança”, destacou.
Além disso, a ABNT foi reconhecida por sua liderança na norma global sobre sustentabilidade florestal, que será um dos destaques na COP30. O comitê internacional ISO/TC 287, sob coordenação da ABNT, desenvolve normas sobre manejo sustentável da madeira e rastreabilidade, com seu trabalho culminando em apresentações na conferência.
Com isso, o Brasil reforça sua posição na definição de padrões técnicos destinados a promover práticas sustentáveis nas cadeias produtivas. Esper ressalta a importância desse desenvolvimento para o combate ao desmatamento ilegal e a valorização das florestas manejadas, apontando para um futuro mais sustentável.

