O ex-presidente Jair Bolsonaro tem um compromisso médico importante nesta quarta-feira, dia 17. Ele passará por uma perícia médica conduzida por especialistas da Polícia Federal (PF), diretamente na sede do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. A razão? Essa avaliação é crucial para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidir sobre a possibilidade de autorizar Bolsonaro a deixar a prisão temporariamente para realizar uma cirurgia indicada por seus médicos particulares.
A necessidade dessa perícia surge porque, como Bolsonaro está detido, qualquer procedimento cirúrgico que exija sua saída da unidade prisional precisa do aval da Justiça. O ministro Moraes, responsável pelo caso, busca um parecer técnico e independente dos peritos da PF para fundamentar sua decisão. Isso garante transparência e segurança jurídica no processo de autorização médica.
Para embasar a avaliação, Moraes determinou que os peritos recebam e analisem os últimos exames feitos pelos médicos do ex-presidente. Entre eles, está um ultrassom realizado no último domingo, dia 14. Este exame, que foi feito com um equipamento portátil e com a devida autorização do ministro, confirmou o diagnóstico de uma hérnia inguinal – condição que motivou o pedido de cirurgia.
Atualmente, Jair Bolsonaro está detido desde o dia 22 de novembro. Ele ocupa uma sala na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e cumpre uma pena de 27 anos e três meses de prisão. A condenação é resultado de uma ação penal que investigou a articulação de uma “trama golpista”.
Portanto, a perícia desta quarta-feira representa um passo fundamental. Os resultados servirão como base sólida para que o ministro Alexandre de Moraes possa avaliar o pedido e decidir se concede ou não a permissão para a realização da cirurgia, considerando as recomendações médicas e as necessidades de saúde do ex-presidente dentro do contexto judicial.

