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ATP muda regras para calor extremo e jogos podem parar a partir de 2026

A partir de 2026, a ATP vai ter um protocolo novo para o calor intenso no tênis. Partidas poderão ser pausadas ou suspensas, protegendo a saúde dos atletas.
Por Redação
ATP muda regras para calor extremo e jogos podem parar a partir de 2026

ATP muda regra para calor extremo e prevê paralisação de partidas -

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Boas notícias para os fãs e atletas do tênis! A partir de 2026, a ATP, que organiza o circuito profissional, vai adotar um protocolo novinho em folha para lidar com o calor extremo que tanto castiga os jogadores em quadra. A entidade anunciou que, daqui para a frente, as partidas poderão ser interrompidas ou até mesmo suspensas se as condições climáticas ficarem muito perigosas.

Essa medida é uma vitória antiga dos próprios atletas, que há tempos pedem mais proteção contra as altas temperaturas. A ideia é preservar a saúde de quem está jogando e também garantir melhores condições para árbitros, pegadores de bola e todas as equipes dos torneios, sem falar na experiência para o público.

Entenda como o calor extremo afeta os atletas

O debate sobre o calor intenso no tênis não é de hoje, mas ganhou força em outubro do ano passado, durante o Masters 1000 de Xangai, na China. Lá, o calor e a umidade estavam tão insuportáveis que o italiano Jannik Sinner, um dos grandes nomes do esporte, teve que abandonar uma partida por causa de fortes câimbras. Outro gigante, Novak Djokovic, contou que passou mal em quadra, mesmo tendo vencido um de seus jogos.

"É brutal quando se tem mais de 80% de umidade dia após dia", disse o ex-líder do ranking na época, descrevendo o sufoco.

Situações como essas, infelizmente, se repetem em várias competições importantes, como o famoso Aberto da Austrália. Lá, o calor extremo é quase uma regra e muitas vezes atrapalha demais o desempenho físico dos tenistas, levantando sempre a questão: qual é o limite para continuar jogando?

As novas regras em detalhes

Para combater o calor de forma mais organizada, a ATP vai usar o índice WBGT (Wet Bulb Globe Temperature). Esse índice é bem completo, pois considera não só a temperatura do ar, mas também a umidade e até a radiação do sol. É uma forma técnica e médica de decidir quando é seguro ou não continuar uma partida.

Pelas novas diretrizes, se o WBGT chegar a 30,1°C ou mais durante os dois primeiros sets de uma partida de simples (melhor de três sets), um jogador poderá pedir uma pausa de resfriamento de dez minutos depois do segundo set. É como um "tempo técnico" para o calor.

  • Qualquer jogador pode pedir essa pausa.
  • Ambos os atletas terão direito às mesmas condições de resfriamento.
  • Nesse intervalo, eles poderão beber água, trocar de roupa, tomar banho e até conversar com o técnico, sempre sob a supervisão atenta da equipe médica da ATP.

Mas, se o calor for ainda mais extremo, com o índice WBGT passando de 32,2°C, a partida não terá escolha: deverá ser suspensa. Essa medida cria um limite claro para a segurança dos tenistas diante de condições climáticas que colocam a saúde em risco.

Com esse novo protocolo, a ATP quer padronizar como o tênis lida com o calor intenso em todo o circuito internacional. O objetivo é acabar com as improvisações e oferecer um suporte médico muito mais robusto e claro, garantindo que o esporte continue, mas sempre com a saúde dos atletas em primeiro lugar.